Pesquisar este blog

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Os Olimpianos

João Canza

Os olimpianos “celebridades” termo usado pelo sociólogo francês  Edgar Morin, ao analisar a indústria cultural onipresente na mídia contemporânea, cujas características “o distinguem dos demais mortais”.    

Os olimpianos visam acima de tudo, induzir o consumo em grande escala, da cultura de massa. Símbolo (sobre humano) da grande mídia, eles ditam normas de consumo e servem de  modelo de vida a seguir pelo público consumidor. O culto aos olimpianos nasce do imaginário, dos papéis assumidos por eles na ficção, da posição que eles ocupam em função de algum trabalho ou de algum feito heróico. Eles se tornam modelos de vida, mitos de auto-realização da vida privada, e se beneficiam com isso. Em razão disso, tudo que gira em torno dos “deuses do Olimpio” é considerado fato relevante para ser levado ao conhecimento público.

Os olimpianos realizam tudo aquilo que os mortais desejam fazer. A eficácia com que o espetáculo cinematográfico beneficia as estrelas faz com que elas se tornem os grandes modelos que trazem a cultura de massa para a população, substituindo com isso os modelos antigos, como pais e professores. A maneira como os olimpianos agem, as palavras, gestos, penteados, as relações amorosas, são assimiladas pelos expectadores. Eles sofrem do complexo de Peter Pan, pois querem estar sempre jovens e bonitos. Com isso, a publicidade se utiliza das estrelas como modelo de perfeição e converte-os em melhores garotos propaganda da mídia.

As  estrelas  dominam  a  cultura  de  massa,  e  com ela, se comunica   com a humanidade. O   mundo  da   projeção   (ato   através   do   qual   um   sujeito   une   e   localiza   um  fato psicológico interno a algo exterior)   e  da   identificação (ato através do qual o sujeito tende a  identificar-se   com  algo  que  lhe  é  externo,  sejam  pessoas  ou  coisas),  com   o  real  faz  com  que  a  circulação  entre  a  divindade  e o ser humano dos deuses do Olimpio seja permanente.  Assim,  as  estrelas  vivem  uma  vida  de  luxo,  amor,  sedução,  e  passam a  imagem  da “verdadeira felicidade”.  Os olimpianos estão presentes em todos os setores  da  cultura de massa.

“No encontro do ímpeto do imaginário para o real e do real para o imaginário, situam-se as vedetes da grande imprensa, os ‘olimpianos’ modernos”. Tendência  forte  e  especial  da cultura de massa  o “olimpianismo”, ou seja, a promoção de indivíduos a heróis, vedetes, um misto de humano e sobre-humano. Conforme os termos de Morin,  os  “olimpianos são sobre-humanos no papel que eles encarnam, humanos na existência privada que eles levam. A imprensa de massa, ao mesmo tempo que investe os olimpianos de um papel mitológico, mergulha em suas vidas privadas a fim de extrair delas a substância humana que permite a identificação”. Isso faz, com  que  a  relação  existente  entre  eles  e  o público consumidor seja mais intensa.

A  cultura  de massa produz seus heróis, seus semideuses e se fundamenta no espetáculo e na estética.


Morin, Edgar: Os olimpianos,1997.

domingo, 22 de maio de 2011

Noção da Indústria Cultural, Desenvolvida pelos Intelectuais da Escola de Frankfurt

João Canza

O conceito de Indústria Cultural foi criado por Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973). Ambos membros de um grupo de filósofos conhecido como Escola de Frankfurt. [Adorno e Horkheimer definiram a conversão da cultura de massa em mercadoria semelhante a qualquer indústria baseada nos princípios da lucratividade].
Para Adorno, “a indústria cultural ao aspirar à integração vertical de seus consumidores, não só adapta seus produtos ao consumo de massa, como determina o próprio consumo”. Assim o progresso tecnológico, converteu a indústria cultural num poderoso instrumento para conter o desenvolvimento da consciência das massas. Pois segundo ele, “indústria cultural impede a formação de indivíduos autônomos, independentes, capazes de julgar e decidir conscientemente”
 Ao contrário de Adorno e Horkheimer, Marshall McLuhan (1911-1980) via a atuação dos mdcm de maneira otimista. M.McLuhan, concluiu que “a televisão aproxima os homens, diminui distâncias territoriais, sociais e transforma o mundo numa espécie de aldeia global".
Walter Benjamin (1886-1940) por sua vez, havia afirmado que “a revolução tecnológica do final do século XIX e início do século XX, propiciou mudanças na percepção e na assimilação do público consumidor”. Como exemplo, citou a possibilidade de reprodução técnica das obras de arte, que segundo ele, “retirou delas o seu caráter único e mágico”.  
 (...) o impacto que a indústria cultural moderna pode provocar no público consumidor não é necessariamente negativo, contribui para a emancipação desse público consumidor e para a melhoria da sociedade como um todo, pois “amplia o horizonte de conhecimentos do indivíduo”.

TOMAZI, Nelson Dácio. Iniciação à sociologia. Cultura de Massa. São Paulo: Atual, 1993. p. 195-7.

Citações em Textos Acadêmicos

João Canza
O uso de citações na produção de textos académicos é necessário, pois apoia uma hipótese, sustenta uma idéia ou ilustra um raciocínio. Sua função é oferecer ao leitor o respaldo necessário para que ele possa comprovar a veracidade das informações fornecidas e possibilitar o seu aprofundamento.
Ressalva-se que a referência bibliográfica, isto é, os dados que identificam uma publicação citada, tais como autor, título, local, editora ou data, deve aparecer no final do trabalho sob o título de Referências, pois desta maneira o leitor poderá identificar a obra e, assim, facilitar sua localização em catálogos, índices bibliográficos, bibliotecas, Internet, entre outros locais.
É a transcrição das idéias do autor consultado, porém usando as suas palavras, ou seja, parafraseando. A idéia expressa continua sendo de autoria do autor que você consultou, por isso, é necessário citar a fonte.
Resumo Baseado na Disciplina de Metodologia Cientifica: Curso de Graduação; Comunicação Social, Publicidade e Propaganda; Aula 1 e 2

Importância da Aplicação das Diferentes Técnicas de Estudo na Leitura e na Produção Textual

João Canza
Introdução
A leitura é a base de toda produção cientifica. A leitura solidifica o estilo, amplia o conhecimento, muda comportamentos e ajuda na articulação lingüística. Por outro lado, cabe registrar que às técnicas de produção textual são ferramentas muito importantes para elaboração de trabalhos de pesquisa científica. Tais instrumentos visam a facilitar a organização do conhecimento adquirido, favorecendo o estudo, tornando a leitura mais eficiente e eficaz.
Leitura
A leitura insere o ser humano em um vasto mundo de conhecimentos, propiciando a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do saber.
Sob tal enfoque, urge compreender que a técnica da leitura garante um estudo eficiente, quando aplicada qualitativamente. Nesse contexto, cabe registrar que em sua grande maioria, o produtor de texto técnico-científico fracassa porque sua leitura não é eficiente. Por essa razão, busca-se, a necessidade de desenvolvimento de hábitos de estudo, com prioridade para técnicas de leitura.
Nesse sentido, antes de se iniciar no estudo de um texto ou obra o leitor deve compreender quais são seus objetivos. Deve-se perguntar que informação terá que encontrar e por que encontrá-la e quando encontrar, qual uso fará dessa informação.
Produção Textual
Selecionar, organizar e registrar informações que no futuro servirão como material organizado para consulta e fonte para estudos posteriores, pode ser definido como uma técnica de produção textual.
Exemplo: O fichamento é uma maneira excelente de manter um registro de tudo que se lê. Após a confecção de um bom fichamento de um texto, ou livro, nunca mais será preciso recorrer ao original novamente, o que trará ganho de tempo. Pois, facilita a execução dos trabalhos acadêmicos e a assimilação dos conteúdos estudados.
Resumo Baseado na Disciplina de Metodologia Cientifica: Curso de Graduação; Comunicação Social, Publicidade e Propaganda; Aula 1 e 2

Normas de Organização de Lista de Referências

João Canza
INTRODUÇÃO
Lista de referências é o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento. Toda pesquisa começa com uma pesquisa bibliográfica em que são observadas referências teóricas em documentos que podem ser livros, artigos, ou trabalhos de conclusão de curso. Assim, ao final de qualquer trabalho, as obras citadas e consultadas para elaboração dos trabalhos acadêmicos devem ser organizadas na forma de lista de referências e apresentada no formato orientado pela ABNT.   
ORGANIZAÇÃO
A lista de referencias deve ser constituída de elementos essenciais (autor, título, edição, local, editora e data da publicação) e, quando necessário, acrescida de elementos complementares (coleção, série, número do ISBN, número de páginas, edição exclusiva para assinantes, inclui algum brinde, etc.), alinhadas à margem esquerda do texto de forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço simples, separadas entre si por espaço duplo.
AUTOR

1.1. Os autores são indicados pelo último sobrenome, escrito em caixa alta seguido dos nomes, por extenso ou abreviados, separado do nome por vírgula. Na hipótese de obra escrita por três autores todos devem ser mencionados na mesma ordem em que aparecem na publicação. Havendo mais de três autores, somente o primeiro deve ser indicado, seguido da expressão  et  al. Em autoria coletiva são indicados os nomes dos responsáveis, seguido da abreviatura da palavra que caracteriza a responsabilidade, entre parênteses. Exemplo: editor (Ed.), coordenador (coord.), organizador (Org.), compilador (Comp.).  

1.2. Sobrenomes que indicam parentesco acompanham o último sobrenome. Sobrenomes compostos, a entrada é feita por expressão composta. Sobrenomes ligados por hífen e com prefixo devem ser transcritos por extenso. Autoria desconhecida inicia-se pela primeira palavra do título em caixa alta. Se a palavra for precedida por um artigo, este também deve ser escrito em caixa alta. Os documentos de responsabilidade de entidades têm entrada pelo nome delas, escrita por extenso e em caixa alta.

1.3. Em publicações técnicas e administrativas, é indicado o nome da entidade. No caso de entidades governamentais, como órgãos da administração direta (Ministérios, secretarias), indica-se o nome geográfico antes do nome da entidade.

No caso em que foram usadas várias fontes do mesmo autor, estes podem ser substituídos por um traço equivalente a seis toques seguido de um ponto (______.), nas referências subseqüentes.
TÍTULO
 O título deve ter destaque gráfico, em negrito, itálico ou sublinhado. A primeira palavra deve ser iniciada com letra maiúscula e escrita na forma em que se apresenta no documento. Os subtítulos, ou informações apresentadas em seguida ao título visando complementá-lo devem ser precedidos por dois pontos e não recebem destaque gráfico.

Quando há tradutor, atualizador, revisor, ilustrador entre outros deve ser mencionado logo após o título.

 As referências em meios eletrônicos seguem o modelo de referências bibliográficas, acrescentando-se informações relativas à descrição física do meio ou suporte utilizado.

Para as obras consultadas online são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico, apresentado entre <brackets>, precedido da expressão, “disponível em:”

A data de acesso ao documento, precedido da expressão: “acesso:” deve conter o dia, o mês abreviado e o ano (04 abr 2010.). 
Resumo Baseado na Disciplina de Metodologia Cientifica: Curso de Graduação; Comunicação Social, Publicidade e Propaganda; Aula 6 e 7

Ethos / Mediatização

                                                                                                                                                João Canza
 
O ethos midiatizado é um capitulo de um livro do autor Muniz Sodré “Antropologia do Espelho: uma teoria da comunicação linear e em rede”. Um texto de linguagem complexa, porém, muito interessante. Pois fala da nova forma de viver, do homem contemporâneo.

Ethos
Na Sociologia, ethos é uma espécie de síntese dos costumes de um povo. O termo indica, de maneira geral, os traços característicos de um grupo (identidade social), do ponto de vista social e cultural, que o diferencia de outros. A palavra ethos tem origem grega e significa valores, ética, hábitos e harmonia. É o "conjunto de hábitos e costumes que visam o bem comum de determinada comunidade".

Mediatização/Midiatizado
Mediatização é fenómeno típico das sociedades de massa caracterizada por motivações de consumo, como consequência da evolução dos modos de produção  da cultura de massa ou industrial cultural. Mediatizar resulta da evolução do verbo mediar, do latim (mediare). 

Fonte: Wikipedia